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Prevenção e Rastreamento

Prevenção

Quando falamos da prevenção do câncer de mama, temos como foco:

1) Evitar os fatores de risco que possam ser modificados - lembrando que alguns não podem ser evitados, como a suscetibilidade genética, mas outros dependem dos hábitos de vida e, portanto, podem ser modificados.

Dentre as medidas que ajudam a reduzir o risco, estão:

  • Alimentação balanceada

  • Atividade física regular

  • Procurar se manter com peso/IMC saudável

  • Evite bebidas alcoólicas e cigarro

  • Se for necessária terapia de reposição hormonal, converse com seu médico sobre o risco associado a cada tipo e duração do tratamento.

 

2) Fazer a detecção precoce - com isto, há maior a chance de cura e pode haver redução a extensão da cirurgia e ou da necessidade de outros tratamentos, como quimioterapia.

Para a detecção precoce, é recomendado:

 

  • Estar em dia com as consultas e exames de rotina: é recomendada a realização do exame clínico das mamas pelo médico e, para as mulheres com risco habitual (que não têm história familiar que sugira um risco hereditário de câncer de mama), está indicada mamografia anual a partir dos 40 anos, segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Mastologia. Podem ser associados outros exames e pode ser necessário iniciar antes a depender dos fatores de risco

  • Procurar o Mastologista se tiver sinais de alarme (mesmo para as mulheres com menos de 40 anos): ​​

    • Vermelhidão ou "inchaço" da pele da mama.

    • Mudança do volume da mama (aumento ou retração de toda a mama)

    • Inversão do mamilo.

    • Descamação/coceira no mamilo

    • Secreção dos mamilos.

    • Nódulo palpável na axila

    • Retrações ou abaulamentos da pele da mama

    • Nódulo palpável na mama 

 

Sinais de Alerta para Câncer de Mama

Entendendo o Câncer de Mama

Entendendo o Câncer

O diagnóstico de um câncer não é uma notícia fácil e entender o que está acontecendo é fundamental. 

Quando falamos sobre câncer de mama, estamos falando de um grupo muito heterogêneo de lesões, então cuidado com extrapolações, cada caso deve ser entendido de acordo com suas particularidades.

O câncer de mama é uma proliferação anormal das células da mama - na sua grande maioria, se originam da proliferação de células epiteliais, sendo chamados de carcinomas.

Ca Mama adaptado AC Camargo.png

CARCINOMA IN SITU

Carcinoma ductal in situ (CDIS) é uma lesão pré-maligna (precursora) e não a um câncer propriamente dito. Ao diagnosticar um carcinoma in situ, podem ser indicadas algumas modalidades de tratamento semelhantes ao do câncer, como a cirurgia, radioterapia e hormonioterapia. O intuito do tratamento é evitar o desenvolvimento do câncer de mama. 

CARCINOMA INVASIVO

Este é o câncer de mama propriamente dito, que é quando o tumor da mama tem capacidade de invadir tecidos vizinhos ou de se espalhar para outros órgãos. Isto não quer dizer que isto vai necessariamente acontecer. Na verdade, existem alguns tipos que são muito indolentes, enquanto outros são bem mais agressivos, e isso faz muita diferença na hora de indicar os tipos de tratamento a serem realizados. O perfil imuno-histoquímico, obtido a partir da biópsia da mama, é uma importante ferramenta que o médico utiliza para saber mais sobre o comportamento do câncer. Os testes para conhecer o perfil molecular, conhecidos como assinaturas genéticas, podem ser úteis para decisões clínicas, dependendo do caso.

ESTADIAMENTO DO CÂNCER

Quando estamos diante de um carcinoma invasivo, precisamos determinar o estadiamento do câncer, o que significa identificar o "estágio" em que a doença se encontra. Esta informação é fundamental para definir a estratégia de tratamento. 

Podemos simplificar da seguimento maneira

1) Câncer de Mama Inicial (estágios I e II)- tumores pequenos, restritos à mama

   Nestes casos é mais frequente a cirurgia ser a modalidade inicial de tratamento, mas há excessões (em especial nos que não expressam receptor hormonal ou que expressam HER2). Após o resultado da peça cirúrgica, serão definidas as modalidades de tratamento complementares ("adjuvantes"), como quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia.

Nem todos os casos irão precisar de todas essas modalidades, esta avaliação é muito individual.

 

2) Câncer de Mama Localmente Avançado (estágio III) - tumores maiores, ou com acometimento da axila ou de pele/outras estruturas vizinhas, mas sem acometimento de outros órgãos.

Nestes casos é mais frequente o tratamento sistêmico (geralmente quimioterapia) ser a modalidade inicial de tratamento, mas isto sempre será avaliado caso a caso. Geralmente após a quimioterapia é realizada a cirurgia, podendo tambem ser necessário associar outras modalidades como radioterapia e hormonioterapia.

 

3) Câncer de Mama Metastático (estadio IV) - quando também identificamos o câncer em outros órgãos, além da mama e de linfonodos regionais.

Via de regra, o tratamento é sistêmico (quimioterapia, hormonioterapia e outras). As linhas de tratamento são mantidas ou trocadas de acordo com o controle ou a progressão da doença.

TIPOS IMUNO-HISTOQUÍMICOS DO CARCINOMA DA MAMA

Ao receber uma biópsia da mama com resultado de carcinoma, o médico irá solicitar que seja feita uma avaliação imuno-histoquímica, para conhecer melhor o perfil deste tipo de câncer.

Dentre as informações que podemos obter a partir daí, vamos destacar duas que tem muita relevância para ajudar a entender o comportamento da doença e influenciar na escolha das modalidades de tratamento:

RECEPTORES HORMONAIS (RH).

Devemos avaliar se o carcinoma apresenta receptor para estrogênio e/ou progesterona.

Cerca de 70% dos cânceres de mama têm pelo menos um desses receptores. Estes cânceres podem ser tratados com hormonioterapia,

que consiste em bloquear receptores de estrogênio ou reduzir os níveis de estrogênio circulantes.

Os cânceres de mama receptores positivos tendem a ter um crescimento mais indolente, em comparação com os que não expressam receptores hormonais.

Os cânceres de mama com receptores hormonais negativos são os que não têm receptores de estrogênio nem de progesterona. O tratamento com hormonioterapia não é útil para esses tipos de câncer. No entanto, a maioria deles responde melhor à quimioterapia, em relação aos que tem receptores hormonais. Inclusive é muito frequente nestes casos iniciar a quimioterapia antes da cirurgia (neste contexto é chamada de quimioterapia "neoadjuvante").

HER2 SUPEREXPRESSO (HER 2)

Quando o câncer apresenta hiperexpressão do receptor de Her2, são chamados de câncer Her2 positivo.

A maioria apresenta crescscimento rápito/alta proliferação celular, no entanto, hoje temos disponíveis terapia-alvo dirigida para as células tumorais que hiperexpressam HER2 e, com isso, grandes chances de boa resposta ao tratamento.

Assim, com base na expressão destes marcadores imunohistoquímicos, dividimos os tipos de câncer de mama em algumas categorias que facilitam o plano de tratamento:

1) Receptores Hormonais positivos e Her 2 negativo ("Luminal A like" e "Luminal B "like")

2) Receptores Hormonais positivos e Her 2 positivo ("Luminal híbrido")

3) Receptores Hormonais negativos e Her 2 positivo ("HER 2")

4) Receptores Hormonais negativos e Her 2 negativo ("Triplo Negativo")

Em alguns casos o mastologista pode indicar testes moleculares conhecidos como "assinaturas genéticas" para definir melhor o subtipo tumoral e a programação de tratamento. 

estadios ca de mama.jpg

Modalidades de Tratamento Câncer de Mama

Modalidades de Tratamento

Na maioria dos casos, precisamos associar modalidades diferentes de tratamento para aumentar as chances de sucesso. A ordem do tratamento pode variar também, não sendo necessariamente nesta sequência:

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Uma das grandes preocupações de quem recebe o diagnóstico de uma câncer de mama é se haverá a necessidade de retirar a mama.

A maioria dos casos irão ser submetidos a algum tipo de cirurgia da mama, mas hoje a cirurgia evoluiu muito e conseguimos fazer ressecções muito menores, com preservação da mama, ou mesmo mastectomias com técnicas de reconstrução minimizando muito o impacto estético da cirurgia.

Podemos classificar as cirurgias mamárias em:

1) Cirurgia conservadora: retirada do tumor (com uma margem de segurança), preservando o restante da mama. É a técnica de preferência quando a relação do volume do tumor em relação ao da mama é favorável. Pode ser associada com técnicas de mamoplastia ("remodelamento mamário") para otimizar os resultados, dependendo do volume da mama, do tumor e outros fatores técnicos

 

2) Mastectomia: Retirada te todo tecido mamário - indicada de acordo com a relação do volume do tumor em relação ao da mama, dentre outras (mutações genéticas de alto risco, componente in situ extenso, câncer inflamatório). Sempre que possível é preservada a pele da mama e/ou o mamilo, melhorando muito os resultados pós-operatórios associados à técnicas de reconstrução da mama.

A reconstrução pode ser feita com próteses ou tecido autólogo da paciente (retalhos)

 

Com relação à axila, há duas principais abordagens:

1) Biópsia do linfonodo sentinela: retirada seletiva dos primeiros linfonodos da axila que recebem a drenagem linfática da mama. É a técnica de escolha para quem não apresenta sinal de acomentimento da axila.

2) Linfadenectomia axilar ("esvaziamento axilar"): técnica de escolha para as que apresentam comprometimento da axila ou mais que 3 linfonodos sentinelas acometidos (se menos de 3, a necessidade de linfadenectomia será avaliada caso a caso). 

TRATAMENTO SISTÊMICO

  • Quimioterapia: medicações que interrompem a capacidade das células tumorais se multiplicarem. Pode ser administrada antes da cirurgia (neoadjuvante) ou após (adjuvante). Não é sempre que é indicada, mas é especialmente importante nos tumores mais agressivos ou mais avançados. Também é utilizada para o câncer mamário metastático para controle da progressão da doença (paliativa). Os efeitos adversos da quimioterapia dependem do tipo, dose e características pessoais. Em geral, incluem fadiga, risco de infecção, náuseas e vômitos, perda de cabelos, perda de apetite e diarreia.

  • Hormonioterapia: Nos tumores com receptores hormonais, bloquear sua ação é uma estratégia eficiente para prevenir a recorrência e aumentar as chances de sucesso do tratamento de tumores iniciais ou localmente avançados. Pode ser feita após a cirurgia ou após a quimioterapia (quando esta é indicada), geralmente é por via oral e utilizada de 5 a 10 anos. A terapia hormonal também é muito útil tratamento para câncer de mama metastático, controlando a progressão do câncer e os sintomas, aumentando a expectativa e qualidade de vida.

 

  • Terapia Anti-HER 2: Se o câncer for do tipo HER2 positivo, ou seja, se expressar essa proteína de forma aumentada, o médico poderá recomendar medicamentos que bloqueiam a ação dessa proteína, interrompendo os estímulos para o crescimento das células tumorais.

  • Outras terapias: felizmente temos avanços expressivos e novos tratamentos sendo incorporados, como imunoterapia, linhas para tumores resistentes a hormonioterapia, etc. Frequentemente podem ser incorporados no tratamento de pacientes com doença metastática.

RADIOTERAPIA

Utiliza radiação ionizante para destruir ou impedir que as células de um tumor aumentem.

Costuma ser realizada após cirurgia conservadora (mesmo em tumores iniciais ou pré-malignos) e pode ser feita também após a mastectomia nos tumores avançados. No geral, são necessárias várias sessões diárias.

É menos frequente que seja indicada no câncer metastático, mas pode ser utilizada também para controlar sangramentos e reduzir tumores que estejam causando dor e comprimindo outros órgãos.

Profissionais que Atuam no Câncer de Mama

Equipe Multidisciplinar

O tratamento do câncer de Mama idealmente deve envolver uma equipe multidisciplinar bem integrada:

 

Cartilhas Câncer de Mama

Cartilhas Câncer de Mama

Cartilhas da Sociedade Brasileira de Mastologia voltados para pacientes com câncer de mama.

O Que Você Precisa Saber Sobre Câncer de Mama

Cartilha explicando sobre o câncer, prevenção, papel do Mastologista, direitos das pacientes com câncer

Temperos da Vida

Como a comida pode auxiliar no tratamento do câncer de mama

Ana Gabriela Siqueira

Mastologia e Ginecologia

 

 

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